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Moraes

De acordo com a norma ortográfica vigente a grafia correta é Morais, todavia no Brasil a forma arcaica Moraes é bastante freqüente. Em espanhol, utiliza-se a forma Morales.
Significado do sobrenome é controversa. Mas acredita-se que proviria do nome da árvore amoreira.
A origem também tem controversa. Alguns ligam a uma cidade de Portugal, Trás-os-Montes e outros a uma cidade da Espanha, Morales. Para este último, trata-se de um sobrenome que encontra sua origem nos visigodos, que por sua vez advêm dos povos godos.

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Vários núcleos com este sobrenome se formaram na cidade do Bereu, os Moraes dos irmãos Isabel Moraes, Antônio Moraes e João Moraes e os Moraes da família dos Azevedos > acredito que eles são  parentes entre si e que a origem é a mesma.

Marcas que se foram

As risadas escancaradas eram a principal marca dela, em conversas nos encontros da família e amigos ou no passeio do número 51 da rua Castanheda, no bairro de Nazaré. Não para intimidar o outro e sobrepor aos demais, mas para exibir sua personalidade e dizer da sua alegria de ser jovem, feliz e quiçá transgressora por se comportar com extravagancia, excesso de humor e irreverência. Bate-papos quando estava presente, eram recheados de histórias, “disses me disses”, euforia e seu carro chefe: risos em alto volume e extensão sonora, gargalhada especificamente.
Apesar de sermos da mesma cidade e ter aproximação com alguns membros da sua família de origem, só vim, de fato, manter o contato “tete a tete” e conhecê-la efetivamente, aqui em Salvador, no pensionato de Dona Tute, onde uma trupe de jovens adolescentes se instalou, enviados por seus pais para darem prosseguimento aos estudos, desta feita na capital.
Era um grupo grande de rapazes e namorados que frequentavam o Castanheda. Acho que conversávamos mais que namorávamos. E tínhamos horário para encerrar o “conversê” entretanto, pois a porta do pensionato cerrava às 22 horas durante a semana e às 23 horas nos fins de semana. E a voz que chamava mais a atenção era dela, que às vezes não se expandia tanto quando seu príncipe encantado, único e para sempre, estava presente.
São muitas passagens, lembranças deliciosas de situações que a presença dela com alguma intervenção pitoresca marcava o episódio. Além do humor fantástico, trazia na silhueta atrativos que a fazia destacar-se e ser admirada. No vestir, também ela se ressaltava. Gostava de cores fortes. Certa ocasião me surgiu com um vestido de grandes flores e tons rubros, e daí, por um tempo, passamos a chamá-la Rosa Palmeirão, um dos personagens de Jorge Amado num dos seus romances (Tenda dos Milagres). Parece que veio a calhar a alcunha dado a ela, pois a Rosa flor é bastante resistente ao sol e flore o ano inteiro. Encontrada no Nordeste, exuberante e muito bonita, de cor vermelha bem forte, a Rosa Palmeirão, de talo curto, como ela, não permitia que se fizesse arranjos. A denominação mudou para várias outras em função do tempo e da transformação, mas a essência permanecia a mesma, aquela dos anos 70: risonha, brincalhona, contadora de histórias, possuidora de uma linguagem cheia de chistes. 
Eventualmente realizamos eventos com todos que frequentavam a Castanheda nos anos dourados da existência. Foram encontros emocionantes, cheios de afetos e regados de lembranças de outrora e participação das nossas conquistas e realizações do tempo presente, sem faltar a risada marcante dela em causos que varava à noite para deleite de todos nós.
Há três meses recebi um recado dela pedindo que eu a visitasse quando fosse a Berimbau. Retornei afirmando que atenderia o convite de bom grado. Por um momento fiquei a pensar no desejo dela. Será que queria programar mais um encontro da turminha do Castanheda, oportunidade que teria de rever todos daquela época, e o seu príncipe encantado!? Naquele dia pensei nessa possibilidade e em diversas outras, mas ontem quando recebi a notícia de sua passagem, tive a certeza que ela estava buscando um encontro para estarmos próximos e efetivamente nos despedirmos. Senti não ter cumprido, não tinha dimensão da urgência!
Ela se foi. Como peculiar da sua personalidade, exigiu o cumprimento do pedido de usar vestido vermelho e outros requisitos que fizeram parte do ritual final da existência aqui na terra. Despedi-me hoje dela, diferente do jeito que queriamos e com a tristeza na alma, mas consolado por ver encerrar o calvário de sofrimento. Neste momento da partida, não vi sua risada e nem seu jeito único e especial de dizer as coisas. Não verei mais, a não ser nas minhas lembranças! Que você Nilma, passe a fazer parte da constelação estrelar de todos os entes queridos que se foram e estão hoje num plano de luz e amor, livre de dor e das adversidades que povoam a terra. Esteja enfim, em paz! Sentirei saudades! 
Rubem Vilas Bôas, 27 de março de 2016

Aída  Moraes, filha de Francisco Moraes (Chico de Carlinda)

Sônia Isabel Magalhães Moraes, filha de Bacildes Moraes

Neusa Magalhães Moraes, filha de Bacildes Moraes, no dia do seu casamento em Feira de Santana

Chico de Carlinda

Chico de Carlinda, Chico da padaria, Chico da pensão, ou tio Chico, era como tratávamos ele lá em Berimbau. Seu nome Francisco Moraes, filho de João Moraes e Carlinda, casou-se com Maria Angélica Torres (Iaiá) com quem não teve filhos. O casal adotou Dudu, um rapaz.

Tio Chico fazia de sua casa pensão para as pessoas em trânsito pelo povoado. Conversador e bem-humorado, contador de anedotas, comerciante, tinha um armarinho, onde por um tempo também funcionava uma padaria. Chico era irmão de Valter do bar, o irmão bastardo e bem mais jovem que ele, que ainda muito pequeno passou a conviver com ele, ou seja passou a ser cuidado por Chico. Fora do casamento oficial com Iaiá, tio Chico teve muitos filhos com uma mulher chamada Matilde que morava em Salvador, a saber: Aída, Antônio Roberto, Valter, Célia e Orlando. Aída ainda bebê foi trazida por Chico para ser criada por ele e Iaiá.   Aída, moça comunicativa e bem-humorada ficava à frente do armarinho, onde teve um papel importante nas relações sociais do povoado e depois cidade. Sempre risonha e receptiva recebia todos, no armarinho, com alegria e desenvoltura e tinha sempre novidades a contar, além de atender e despachar com competência e presteza.

Além desses filhos, Chico teve outros, Perpétua e Cacau (Antônio Carlos), frutos de um relacionamento em paralelo que tinha com Zorilda.

Tio Chico faleceu aos 95 anos de idade, ainda gozando saúde, lúcido e contando anedotas.

Uma das ramificações da família Moraes de estabeleceu em Feira de Santana, a 15 km de Berimbau das Antigas, a saber:

Pedro e Luiza Yiveram 12 filhos
João Evangelista 
Vicente 
Francisco
José Cupertino
Lourdes
Margarida
Terezinha
Elizabete
Nilzete
Salvador




 

Na década de 60 do século passado, a cidade crescendo e o Clube Recreativo União promovendo eventos, a cultura da diversão se expandia com as MICARETAS que ocorriam todos anos.

A foto abaixo de Aluzair Boaventura é um registro dela no ano que teve Zeza como Rainha e ela e Eronildes como as princesas do Micareta...Tempo Bom!

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A cidade em Progresso

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